Memórias de Cuiabá: Ontem, Hoje e Sempre.
Segundo o historiador Paul Thompson, em sua obra “A Voz do Passado”: história oral, trabalhar com as lembranças das pessoas mais velhas, entre outras coisas, permite mostrar o valor de pessoas que vêm da maioria desconhecida do povo, estimula professores e alunos a se tornarem companheiros de trabalho. Trás a história para dentro da comunidade e extrai a história da própria comunidade propicia o contato e a compreensão entre classes sociais e gerações e pode gerar um sentimento de pertencer a um determinado lugar e determinada época, contribuindo para a formação de seres humanos mais completos.
Esse mesmo autor afirma que a escola é um lugar muito adequado para a realização desse projeto. Ele acredita que o trabalho com as lembranças oferece um meio eficiente de vincular o ambiente em que o aluno vive a um passado mais amplo e alcançar uma percepção viva do passado, o qual não é apenas conhecido, mas sentido pessoalmente. Portanto, o trabalho com a memória da comunidade não se restringe a recuperação de um passado morto e enterrado dentro de uma abordagem nostálgica, como se só o que já passou fosse bom e tivesse valor.
Trata-se antes, de resgatar memórias vivas das pessoas mais velhas que passadas continuamente às gerações mais novas pelas palavras, pelos gestos, pelo sentimento de comunidade e de destino que liga os moradores de um lugar.
Memórias são um meio de articular o passado ao presente, porque a história de cada indivíduo traz em si a memória do grupo social ao qual pertence. A memória das crianças é constituída também das lembranças das outras gerações.
Recuperar memórias é um meio de explorar o passado, como nos diz Walter Benjamin: “A memória não é um instrumento para a exploração do passado; é antes, o meio. É o meio onde se deu a vivência, assim como o solo é o meio no qual as antigas cidades estão soterradas. Quem pretende se aproximar do próprio passado soterrado deve agir como o homem que escava”.
As lembranças das pessoas do lugar são importante para a reconstituição da cidadania. Com base nelas damos continuidade ao Projeto Cuiabá: Ontem, Hoje e Sempre, resgatando através de trinta e dois, pais e alunos, memórias da antiga cuiabania e a vivência destes como guardiões de um passado silenciado são despertados momentos de relatos, na correria cotidiana ou quando são contadas, relembradas em diálogos em família ou nos bancos escolares.
Os alunos entrevistados estão na faixa etária de 12 a 17 anos, freqüentam do 6º ao 9º ano, a grande maioria tem como local de nascimento Cuiabá e apenas em um Rondonópolis.
Esse mesmo autor afirma que a escola é um lugar muito adequado para a realização desse projeto. Ele acredita que o trabalho com as lembranças oferece um meio eficiente de vincular o ambiente em que o aluno vive a um passado mais amplo e alcançar uma percepção viva do passado, o qual não é apenas conhecido, mas sentido pessoalmente. Portanto, o trabalho com a memória da comunidade não se restringe a recuperação de um passado morto e enterrado dentro de uma abordagem nostálgica, como se só o que já passou fosse bom e tivesse valor.
Trata-se antes, de resgatar memórias vivas das pessoas mais velhas que passadas continuamente às gerações mais novas pelas palavras, pelos gestos, pelo sentimento de comunidade e de destino que liga os moradores de um lugar.
Memórias são um meio de articular o passado ao presente, porque a história de cada indivíduo traz em si a memória do grupo social ao qual pertence. A memória das crianças é constituída também das lembranças das outras gerações.
Recuperar memórias é um meio de explorar o passado, como nos diz Walter Benjamin: “A memória não é um instrumento para a exploração do passado; é antes, o meio. É o meio onde se deu a vivência, assim como o solo é o meio no qual as antigas cidades estão soterradas. Quem pretende se aproximar do próprio passado soterrado deve agir como o homem que escava”.
As lembranças das pessoas do lugar são importante para a reconstituição da cidadania. Com base nelas damos continuidade ao Projeto Cuiabá: Ontem, Hoje e Sempre, resgatando através de trinta e dois, pais e alunos, memórias da antiga cuiabania e a vivência destes como guardiões de um passado silenciado são despertados momentos de relatos, na correria cotidiana ou quando são contadas, relembradas em diálogos em família ou nos bancos escolares.
Os alunos entrevistados estão na faixa etária de 12 a 17 anos, freqüentam do 6º ao 9º ano, a grande maioria tem como local de nascimento Cuiabá e apenas em um Rondonópolis.
Profª Helieth Barros Mendes
Pesquisas selecionadas
Avó: Antonia Francisca de Arruda
2) Nível de Instrução: Onde estudou?Escola em Santo Antonio do Leverger
3) Como era o ensino antigamente?Era diferente de atualmente, ficávamos de castigo com o rosto para a parede, de braços abertos e de joelhos. Para aprender tabuada, a gente usava uma palmatória de 5 furos, para quem não respondesse certo. As palmatórias eram de acordo com os erros ex: 7 x 7 se respondesse errado seria 49 palmatórias.
4) O que os pais ensinavam para os filhos?Os pais ensinavam a trabalhar na roça fazendo farinha e rapadura. E nós mulheres também trabalhava em casa para ser uma esposa prendada.
5) Como era Cuiabá antigamente? Do que você sente saudade?Havia muitas festas de Santo com siriri, cururu e muitas outras coisas. Saíamos de casa em casa com a bandeira do Santo festeiro tirando esmola. Sinto saudade das retretas (bailes) de antigamente.
6) As festas eram diferentes de hoje? O que mudou? Você participa de alguma festa de santo? Qual? Como era festejado antigamente?Sim, as festas antes duravam 3 dias com a nossa famosa feijoada. Sim, a de São Gonçalo, a gente fazia 2 filas de homens e mulheres, nós mulheres saíamos em fila para o lado direito e os homens do lado esquerdo para se encontrarem no altar.
7) Quais as mudanças que ocorreram na vida dos cuiabanos? O que faziam antes e hoje não fazem?Cuiabá cresceu muito, hoje tem mais automóveis, objetos eletrônicos, as festas não são as mesmas, o modo de viver e de comer. Antes a gente trabalhava na roça e comia frutas gostosas e o que eu não ouço é tomar leite tirado do peito da vaca com açúcar e canela.
8) Dessas mudanças o que foi positivo (bom) e negativo (ruim)? Por quê?
O bom hoje é que as escolas estão mais próximas da minha casa, os aparelhos eletrônicos, porque facilitou a minha vida. O ruim é o desrespeito que as pessoas têm com a natureza. Antigamente a gente respeitava as matas, os rios e hoje não.
9) Como foi a sua infância, juventude? O que você sente mais saudade?
Foi muito difícil, na minha infância eu tive que trabalhar muito, não tinha vontade de brincar. Na juventude tinha que fazer comida para os peões da roça, não sinto saudade de nada, porque eu só tive tristeza.
10) Atualmente o que você gosta de fazer?
Trabalhar fazendo doces, bolos, dançar rasqueado, lambada, de recuperar a juventude que deixei pra trás.
11) Conte para nós algum causo ou um acontecimento marcante na sua vida que foi contado pelos seus pais e familiares.Aconteceu com meu filho: Elizio
Era uma sexta-feira, seis horas da tarde, ele caiu quando estava soltando pipa, ele gritava muito de dor. Eu o paguei e fomos para o Pronto Socorro, lá fizeram uma junta médica nele, mas não descobriram o que tinha acontecido. Então o transferiram para o hospital, chegamos lá, o examinaram e tiraram líquido da coluna e do joelho, mesmo assim não descobriram nada, e ele gritava dia e noite, no tempo ele estava com três anos de idade, ele chingava e falava coisas absurdas que se você ouvisse iria se arrepiar.
O Dr. Manoel escreveu uma carta para D. Nilma, uma mulher que trabalhava em “Canubre” (pessoa que trabalha fazendo o mal e o bem) o médico mandou que eu fosse levar a carta à D. Nilma, que já havia falecido, eu obedeci ao médico e levei a carta.
Nós estávamos dentro de um táxi, e Elizio só falava que o carro iria tombar que o motorista poderia acelerar, porque de qualquer jeito ele iria morrer. D. Nilma fez o trabalho e descobriu que tinha um espírito maligno no corpo do meu filho. Só que o trabalho foi feito pra mim e não para o meu filho, depois que descobri isso, acabei vendendo minha casa, carro, charrete, tudo que eu tinha pra cuidar dele, mudei para São Paulo para que ele pudesse se tratar e voltasse a andar. Por causa do espírito que estava no seu corpo, ele só gatinhava como bebê.
Depois que voltei de São Paulo, apareceu um missionário que se vestia de São Francisco de Assis que curava todas as pessoas independentes da sua doença. Eu levei meu filho até a Praça Ipiranga onde se encontrava o missionário às 18:00 horas, ele pediu que fizesse uma corrente. Quando fizemos a corrente comecei a chorar e meu filho pediu que eu parasse de chorar, só que não consegui. O missionário começou a orar e passou um óleo nos braços e pernas do meu filho e pediu que eu o segurasse de pé e me pediu que não o soltasse porque estava com medo de cair, e o missionário pediu que o soltasse que ele iria andar, escutei e quando soltei aconteceu um milagre na minha vida, meu filho voltou a andar. Depois desse milagre meu filho não queria mais sentar com medo de não levantar mais. Hoje meu filho com 38 anos é abençoado por Deus, sou muito devota de São Francisco de Assis. Toda vez que rezo, agradeço a Deus pelo milagre que fez em minha vida.
12) Você conta alguma história para seus netos? Qual?Eu falo para os meus netos que existe uma escola militar que as pessoas que vão pra lá ficam sem comer, se eles não respeitar pai e mãe vão pra lá.
13) Conheceu Maria Taquara ou Zé Bolo Flô? O que você sabe sobre eles?Maria Taquara não cheguei a conhecer, mas conheci Zé Bolo Flô ele vivia correndo atrás das pessoas que ficavam olhando pra ele, vivia jogado na rua com malas, latas penduradas nas costas. Quando chamávamos de Zé Bolo Flô ele se zangava.
14) O que os cuiabanos antigamente gostavam de comer? E hoje?Eu acho que não há muita coisa antigamente, eles comiam peixe, carne com arroz (Maria Izabel), hoje continuamos comendo, tem também a feijoada, paçoca de pilão.
15) Você utiliza ervas naturais? Quais? Para quê?Sim, ervas de Santa Maria, que hoje se chama mentruz, serve para vermes, machucados, tosse, bronquite e folha de algodão serve para inflamação.
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16) Aonde eram realizadas as feiras livres? Quem ia à feira? O que era vendido? Como as mercadorias eram expostas?A feira era na Generoso Ponce, foi a primeira feira aberta, iam todos da minha família, frutas, verduras, feijão de corda, antigamente vendiam feijão e arroz por litro e hoje eles vendem até roupa e no meu tempo não, as carnes eram pendurados e as outras bancas fechado
17) Como vestiam os antigos cuiabanos (mulheres, homens e crianças). O que calçavam? Era utilizada calça comprida pelas mulheres? Quem usava?Os homens vestiam calças e as mulheres não, elas usavam vestidos compridos, os homens vestiam ceroula por baixo da calça, crianças vestiam calça e meninas vestidinhos. Eles calçavam sandálias feitas de borracha de pneu.
18) Como lavavam e passavam roupa? Existia água encanada? Gás para o fogão e como as casas eram?Nós lavávamos roupas nos rios e lagoas usando bacia de alumínio, e para passar era usado ferro à brasa, não existia água encanada, existia apenas água de poços, no tempo usávamos fogão à lenha. As casas eram de pau a pique, casa de barro e no lugar das telhas usávamos palha.
Neta: Ani Caroline Neves do Nascimento
· Idade: 16 anos
· Local de nascimento: Cuiabá
2) Você estudou ou estuda na escola? Qual série?Estudo na escola, 9º ano
3) O que você mais gosta de fazer?Ouvir música.
4) Seus pais ou avós contam história de Cuiabá de antigamente? Qual?Sim, a do Neguinho do Pastoreio e do Minhocão.
5) Qual é a tradição de Cuiabá antiga que você conhece? Você participa de alguma festa ou dança?O cururu e siriri conhecem, porém não participo.
6) Das bebidas, comidas típicas de Cuiabá que você conhece e consome?Peixe, farofa de banana, Maria Isabel, Guaraná e Licor.
7) O que você gostaria que acontecesse hoje que acontecia antigamente na época de seus avós? Por quê?A tranqüilidade de viver em Cuiabá, porque hoje há mais violência e perdemos a liberdade de ir e vir.
8) Para você o que simboliza Cuiabá de antigamente e de hoje?Cuiabá antigamente simboliza saudade e esperança de Cuiabá de hoje.
9) Por que devemos preservar as tradições e as práticas antigas de Cuiabá? O que devemos preservar?Para que as tradições e práticas de Cuiabá, não acabam sendo esquecidas: a cultura.
10) Como a Internet ajudaria preservar a cultura Cuiabana?Divulgando as nossas raízes, o nosso jeito cuiabano de ser, esse chá co bolo que é marca registrada dos cuiabanos.
11) Você participou do Projeto Cuiabá: ontem, hoje e sempre, porque é importante estudarmos a nossa cidade?Sim, para que possamos saber cada dia mais sobre a cidade onde moramos.
12) Você conhece alguma lenda ou fato de Cuiabá de antigamente? Quem contou?Sim, Negrinho do Pastoreio, meu avô.
· Idade: 16 anos
· Local de nascimento: Cuiabá
2) Você estudou ou estuda na escola? Qual série?Estudo na escola, 9º ano
3) O que você mais gosta de fazer?Ouvir música.
4) Seus pais ou avós contam história de Cuiabá de antigamente? Qual?Sim, a do Neguinho do Pastoreio e do Minhocão.
5) Qual é a tradição de Cuiabá antiga que você conhece? Você participa de alguma festa ou dança?O cururu e siriri conhecem, porém não participo.
6) Das bebidas, comidas típicas de Cuiabá que você conhece e consome?Peixe, farofa de banana, Maria Isabel, Guaraná e Licor.
7) O que você gostaria que acontecesse hoje que acontecia antigamente na época de seus avós? Por quê?A tranqüilidade de viver em Cuiabá, porque hoje há mais violência e perdemos a liberdade de ir e vir.
8) Para você o que simboliza Cuiabá de antigamente e de hoje?Cuiabá antigamente simboliza saudade e esperança de Cuiabá de hoje.
9) Por que devemos preservar as tradições e as práticas antigas de Cuiabá? O que devemos preservar?Para que as tradições e práticas de Cuiabá, não acabam sendo esquecidas: a cultura.
10) Como a Internet ajudaria preservar a cultura Cuiabana?Divulgando as nossas raízes, o nosso jeito cuiabano de ser, esse chá co bolo que é marca registrada dos cuiabanos.
11) Você participou do Projeto Cuiabá: ontem, hoje e sempre, porque é importante estudarmos a nossa cidade?Sim, para que possamos saber cada dia mais sobre a cidade onde moramos.
12) Você conhece alguma lenda ou fato de Cuiabá de antigamente? Quem contou?Sim, Negrinho do Pastoreio, meu avô.
Avó: Maria Dinize
Idade: 65 anos
Local de nascimento: Jangada
2) Nível de Instrução: Onde estudou?
Escola Coração de Jesus.
3) Como era o ensino antigamente?
Era bom, porque quem tinha a 5ª série (Dimisão) naquele tempo era considerado 2º ano.
4) O que os pais ensinavam para os filhos?
Educava muito bem, corrigia na hora certa e os filhos antigamente eram mais educados que hoje.
5) Como era Cuiabá antigamente? Do que você sente saudade?
Não era uma cidade muito movimentada, o córrego da prainha não era coberta. Do que sinto mais saudade é da fonte luminosa.
6) As festas eram diferentes de hoje? O que mudou? Você participa de alguma festa de santo? Qual? Como era festejado antigamente?
Das músicas antigas, o modo de dançar, de se vestir. Sim São Gonçalo, São Benedito, etc., eram festejados com músicas siriri e cururu.
7) Quais as mudanças que ocorreram na vida dos cuiabanos? O que faziam antes e hoje não fazem?
As brincadeiras como peteca, finca finca, bolita e etc. andava à cavalo de carroça, à canoa de jardineiro (ônibus de transporte) que hoje não tem mais.
8) Dessas mudanças o que foi positivo (bom) e negativo (ruim)? Por quê?
O bom de tudo que o meio de transporte melhorou o ruim com essas transformações que acaba poluindo a cidade.
9) Como foi a sua infância, juventude? O que você sente mais saudade?
Foi ótimo, das plantações, dos animais, dos animais, das bonecas de pano e principalmente dos meus pais.
10) Atualmente o que você gosta de fazer?
Biscoito para meus netos, comidas, etc.
11) Conte para nós algum causo ou um acontecimento marcante na sua vida que foi contado pelos seus pais e familiares.Era uma vez...
Dois compadres, um se transformava em lobisomem, o outro vendo aquela situação do seu amigo, resolveu ajudá-lo, cortou uma vara de pau de fumo, deu uma lapada para desviar da pessoa. O compadre lobisomem não gostou jurou vingança. Certo dia o compadre lobisomem foi resolver o acerto com seu amigo que o bateu, foi a sua casa, mas o outro compadre com sua esperteza amarrou o seu cavalo junto a um mourão com a sua capa, o compadre lobisomem achando que era a seu compadre que estava em cima do cavalo atirou na capa.
12) Você conta alguma história para seus netos? Qual?
Sim, conta a história da sua infância.
13) Conheceu Maria Taquara ou Zé Bolo Flô? O que você sabe sobre eles?
Pessoalmente não, ela era uma senhora lavadeira de roupa.
14) O que os cuiabanos antigamente gostavam de comer? E hoje?
Peixe, bolo de arroz, Maria Isabel e farofa de banana. Hoje é o mesmo.
15) Você utiliza ervas naturais? Quais? Para quê?
Sim, erva cidreira, camomila e boldo para dor de barriga e calmante.
16) Aonde eram realizadas as feiras livres? Quem ia à feira? O que era vendido? Como as mercadorias eram expostas?
No centro de Cuiabá, a população cuiabana, verduras de toda espécie, doces, animais, etc. nas mesas e nas caixas.
17) Como vestiam os antigos cuiabanos (mulheres, homens e crianças). O que calçavam? Era utilizada calça comprida pelas mulheres? Quem usava?
Era mais usado vestido e combinações, calça de mescla e camisa de genovesa, precatam e botinas. Mulher não usava calça comprida.
18) Como lavavam e passavam roupa? Existia água encanada? Gás para o fogão e como as casas eram?Passavam com ferro à brasa, não tinha fogão, as casas eram de madeira e coberta com babaçu.
As brincadeiras como peteca, finca finca, bolita e etc. andava à cavalo de carroça, à canoa de jardineiro (ônibus de transporte) que hoje não tem mais.
8) Dessas mudanças o que foi positivo (bom) e negativo (ruim)? Por quê?
O bom de tudo que o meio de transporte melhorou o ruim com essas transformações que acaba poluindo a cidade.
9) Como foi a sua infância, juventude? O que você sente mais saudade?
Foi ótimo, das plantações, dos animais, dos animais, das bonecas de pano e principalmente dos meus pais.
10) Atualmente o que você gosta de fazer?
Biscoito para meus netos, comidas, etc.
11) Conte para nós algum causo ou um acontecimento marcante na sua vida que foi contado pelos seus pais e familiares.Era uma vez...
Dois compadres, um se transformava em lobisomem, o outro vendo aquela situação do seu amigo, resolveu ajudá-lo, cortou uma vara de pau de fumo, deu uma lapada para desviar da pessoa. O compadre lobisomem não gostou jurou vingança. Certo dia o compadre lobisomem foi resolver o acerto com seu amigo que o bateu, foi a sua casa, mas o outro compadre com sua esperteza amarrou o seu cavalo junto a um mourão com a sua capa, o compadre lobisomem achando que era a seu compadre que estava em cima do cavalo atirou na capa.
12) Você conta alguma história para seus netos? Qual?
Sim, conta a história da sua infância.
13) Conheceu Maria Taquara ou Zé Bolo Flô? O que você sabe sobre eles?
Pessoalmente não, ela era uma senhora lavadeira de roupa.
14) O que os cuiabanos antigamente gostavam de comer? E hoje?
Peixe, bolo de arroz, Maria Isabel e farofa de banana. Hoje é o mesmo.
15) Você utiliza ervas naturais? Quais? Para quê?
Sim, erva cidreira, camomila e boldo para dor de barriga e calmante.
16) Aonde eram realizadas as feiras livres? Quem ia à feira? O que era vendido? Como as mercadorias eram expostas?
No centro de Cuiabá, a população cuiabana, verduras de toda espécie, doces, animais, etc. nas mesas e nas caixas.
17) Como vestiam os antigos cuiabanos (mulheres, homens e crianças). O que calçavam? Era utilizada calça comprida pelas mulheres? Quem usava?
Era mais usado vestido e combinações, calça de mescla e camisa de genovesa, precatam e botinas. Mulher não usava calça comprida.
18) Como lavavam e passavam roupa? Existia água encanada? Gás para o fogão e como as casas eram?Passavam com ferro à brasa, não tinha fogão, as casas eram de madeira e coberta com babaçu.
Neta: Pâmela Luzardo
Idade: 17 anos
Local de nascimento: Cuiabá - MT
2) Você estudou ou estuda na escola? Qual série?
Sim, São Gonçalo
3) O que você mais gosta de fazer?
Sair com os amigos.
4) Seus pais ou avós contam história de Cuiabá de antigamente? Qual?
Sim, a história da origem do nome da cidade.
5) Qual é a tradição de Cuiabá antiga que você conhece? Você participa de alguma festa ou dança?A dança do siriri e cururu.
6) Das bebidas, comidas típicas de Cuiabá que você conhece e consome?
Xarope de Guaraná.
7) O que você gostaria que acontecesse hoje que acontecia antigamente na época de seus avós? Por quê?
Gostaria que voltasse a fonte luminosa que aos domingos a população ia para o centro da cidade vê-la.
8) Para você o que simboliza Cuiabá de antigamente e de hoje?
Cuiabá de antigamente simboliza uma cidade tranqüila e a de hoje mais movimentada.
9) Por que devemos preservar as tradições e as práticas antigas de Cuiabá? O que devemos preservar?
Para não sairmos de nossas origens, a dança siriri e cururu e rasqueado.
10) Como a Internet ajudaria preservar a cultura Cuiabana?
Com a internet pessoas de outros lugares poderão conhecer a nossa cidade.
11) Você participou do Projeto Cuiabá: ontem, hoje e sempre, porque é importante estudarmos a nossa cidade?
Não, para conhecê-la melhor.
12) Você conhece alguma lenda ou fato de Cuiabá de antigamente? Quem contou?
A lenda do guaraná, quem contou foi minha mãe.
13) Sua família consome peixe? Qual? Comprado ou pescado? Como é feito? Quais os temperos utilizados?
Sim, todos os tipos de peixe, os dois frito, assado, ensopado e escabeche com alho, sal, limão e cheiro verde.
Agradecemos à sua colaboração
· Idade: 66 anos
· Local de nascimento: Santo Antonio do Leverger - MT
· Local de nascimento: Santo Antonio do Leverger - MT
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